segunda-feira, 10 de junho de 2013

BROMÉLIAS


 Lindas e não atraem dengue


As Bromélias, plantas da família Bromeliaceae, são exclusivas do continente americano, principalmente América do Sul e Central. No Brasil há aproximadamente 1200 espécies nativas já catalogadas, que ocupam praticamente todos os ecossistemas brasileiros. A Mata Atlântica e seus ecossistemas associados, como por exemplo as restingas, os manguezais e os campos de altitude é o bioma mais rico em plantas desta família. Mas, as Bromélias também são encontradas no Cerrado, na Amazônia e inclusive no Semi-árido.


As Bromélias possuem diferentes hábitos. Muitas são epífitas, ou seja, vivem sobre os troncos de árvores, o que leva muitas pessoas a denominá-las como parasitas. Mas isso não é verdade! Elas não retiram seu alimento dessas árvores, apenas as utilizam como suporte. 
Pela sua beleza e potencial ornamental, muitas Bromélias são utilizadas em paisagismo, como por exemplo: Aechmea, Billbergia, Alcantarea, Guzmania, Neoregelia, Vrisea, dentre muitas outras.

A maioria das espécies de Bromélias possuem as folhas crescendo em rosetas e formando um tanque ou copo onde se acumula água da chuva. Este tanque é fundamental para a sobrevivência da planta, pois é dele que ela absorve água e nutrientes que foram carregados até ali pelo vento ou então proveniente de matéria orgânica, como folhas caídas por exemplo, que se decompôs liberando os nutrientes. E por essas características as Bromélias fornecem um ambiente adequado para inúmeras formas nativas de vida, que vão desde os organismos microscópicos a até pequenos sapos, aranhas, lesmas, besouro, centopéia e minhocas. 


E é verdade que estes tanques também são utilizados para a reprodução de muitos insetos. No entanto, um estudo desenvolvido pelo Instituto Oswaldo Cruz da Fiocruz durante um ano monitorando 156 bromélias situadas no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, apontou que em 2.816 formas imaturas de mosquitos coletadas nas bromélias apenas 0,07% e 0,18% pertenciam ao gênero Aedes, sugerindo que as bromélias não constituem um problema epidemiológico como foco de propagação ou persistência destes vetores. Provavelmente o mosquito da dengue, que é nativo da África, não está adaptado a este ambiente e perde na competição com as espécies nativas e melhor adaptadas.

















Segundo o biólogo Márcio Mocellin, mestre em biologia parasitária, que desenvolveu essa pesquisa, as conclusões foram esclarecedoras: o mosquito da dengue raramente escolhe estas plantas para se reproduzir, pois ao contrário da água parada de poças, pneus, garrafas e pratinhos de vasos, a água das bromélias é um ecossistema completo, onde acontece movimentação de matéria orgânica e troca intensa de nutrientes, o que é menos atraente para o mosquito.”Geralmente, quando o mosquito escolhe uma bromélia para se reproduzir é porque perto dela há focos de dengue.” Portanto, não há preferência do inseto em relação às bromélias, devemos então eliminar os nichos de reprodução próximos às bromélias.

RECOMENDAÇÕES COM AS BROMÉLIAS:



Para poucas Bromélias em casa ou no apartamento: a água deve ser trocada pelo menos duas ou três vezes por semana. A água deve ser entornada sobre a terra ou longe dos ralos, para que possíveis ovos ou larvas não proliferem nesses locais que são de comprovada periculosidade. Regar as plantas com uma calda de fumo (fumo de rolo ou de cigarro colocado em dois litros de água de um dia para outro ou fervido) três vezes por semana. Outra receita caseira é a de misturar uma colher de sopa de borra de café em um litro de água  e borrifar nas plantas 2 vezes por semana. Para muitas Bromélias em vasos ou plantadas no chão, em jardins (prédios, empresas etc.): Recomenda-se o inseticida natural comercial chamado Natural Camp que deve ser pulverizado uma vez por semana. Não há perigo para animais domésticos e para o homem. O fumo de rolo e a borra de café em infusão também poderá ser utilizado 2 vezes por semana, tal qual no caso das residências. Para colecionadores e produtores de Bromélias: já realizam combate sistemático a pragas e, com isso, aplicam inseticidas com frequência. Não há notificação de focos em qualquer desses estabelecimentos.





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